HIT THE GLASS

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

O bom e o ruim de Kobe Bryant, 36 anos de idade

Após a polêmica do ranking da ESPN (nada errado) e subsequente artigo da mesma (não é só culpa dele, mas o artigo não está errado) Kobe Bryant teve um bom jogo, estatisticamente falando, contra o Phoenix Suns pela pré-temporada da NBA. Bryant terminou com 27 pontos em 50FG%. A partida mostrou coisas boas e ruins de Bryant.

Apesar dos 50% de aproveitamento na partida, Bryant mostrou porque só converte 39,6% dos arremessos na pré-temporada. Kobe não tem mais 28 anos de idade. Aos 36, com duas sérias lesões, ele deveria economizar suas pernas, envolver o time, jogar no ritmo ofensivo.

Por sorte, Bryant "esquentou" contra o Suns e os mesmos arremessos que encontraram o aro em outras partidas chegaram ao fundo da rede.

O Ruim:

Essa entra na categoria de "arremesso ruim mesmo que tenha sido convertido". Kobe prende a bola demais, ignora oportunidades de passe para Jeremy Lin, livre na linha dos 3, deixa o time inteiro parado, observando, fora do jogo para acabar com um péssimo fadeaway, de longe e bem marcado.

Tirem o chapéu de fã por um minuto e pensem em como esse arremesso não cairá sempre, ainda mais agora, no final de carreira e com duas sérias lesões no currículo.

Mais um arremesso ruim, apesar do resultado. Apesar de compreender a ISO no momento do jogo, o time inteiro assiste ao ala-armador começar o post up longe demais da cesta e acabar levando a bola para o conta da quadra. Um marcador mais experiente deixaria Bryant chutar dali, apenas cercando para que ele não fosse para a cesta.

Apesar do pouco tempo de posse, Kobe contentou-se com um arremesso ridículo dos 3 pontos. Não tentou em momento algum chegar mais perto da linha dos 3, ou tentou criar o contato. O resultado, uma air ball que passou longe do aro.

A atitude de Kobe em quadra foi o que se viu na pré-temporada inteira. Kobe tirou colegas de equipe do jogo e tentou fazer muito sozinho. Quando os colegas de equipe são forçados a assistir o jogo, eles ficam sem vontade de ajudar. É a natureza humana.

Arremessar fora do ritmo do ataque atrapalha o desenvolvimento do time. Pensem em LeBron James na sua primeira passagem pelo Cleveland Cavaliers. Ele forçava o jogo inteiro e, no final das partidas, tentava envolver os companheiros que estavam frios. Nunca dava certo.

Mas, nem tudo foi ruim.

O Bom:
Kobe teve duas oportunidades de contra-ataque e, apesar de não ter mais a explosão de outrora, conseguiu finalizar. Cestas fáceis serão necessárias para o Lakers nesta temporada.

Ao contrário do post up no final do quarto final, Kobe começa com uma posição profunda, não satisfeito chega mais perto do garrafão, reconhece que tem um marcador mais baixo, dá três dribles e chuta fugindo da ajuda.

Sem explosão, mas com um dos melhores trabalhos de pés da NBA, Bryant tem que buscar mais arremessos assim. Se demorasse mais tempo, ou a ajuda chegasse, ele teria a chance de mover a bola.

Como aconteceu aqui. Ele envolve o time, usando o corta-luz e, quando a defesa dobra ele faz um belo passe. 

Os dois arremessos de Kobe na prorrogação mostram exatamente como ele deve atacar a defesa. Sem driblar demais, usando os picks, recebendo e chutando. Conserva suas pernas, mantém o time jogando e não observando, e dá mais chances do ala-armador converter arremessos mais simples.

O grande desafio de Byron Scott será domar o ego de Bryant, ainda mais quando ele está tão perto de passar de Michael Jordan na lista de pontuadores da NBA. Ou, esperem mais uma temporada de arremessos assim.
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