HIT THE GLASS

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

A regressão de Iman Shumpert


Quando foi selecionado pelo New York Knicks com a 17ª do draft de 2011, Iman Shumpert chegou com a promessa de ser um novo Tony Allen, o savant defensor do Memphis Grizzlies. Esse é o papel dele no time, defender o perímetro com afinco, participar do ataque esporadicamente. E se Shumpert nunca quis isso?


"Não é como se eu amasse defender", disse Shumpert no Media Day. "Não amo defesa. Só quero pontuar tanto que estou disposto a arrancar a bola de suas mãos. Isso que é defesa para mim".
A maioria dos grandes defensores da NBA - Gary Payton, Joe Dumars, Mookie Blaylock, etc - amam defender. Têm orgulho em ser um estorvo para o melhor pontuador da equipe adversária. Isso não acontece com Shumpert.

Essa falta de orgulho em defender pode explicar o estilo de Shumpert no lado menos glamouroso do basquetebol. Muitas vezes, essa vontade de roubar a bola leva Shumpert a forçar roubadas. Forçando roubadas, o ala-armador do Knicks acaba cometendo faltas bobas ou perde o jogador que marcava de vista, deixando o restante da defesa do time com a obrigação de cobrir seus erros.

A defesa do Knicks não é das melhores. Essa movimentação excessiva para cobrir espaços deixados pelas apostas de Shumpert atrapalham.

Sem contar nas constantes falhas de Shumpert na hora de cobrir o backdoor, marca de quem para de prestar atenção na defesa.

Essa agressividade também tira Shumpert de quadra. Iman comete 2,7 faltas por jogo (produzindo 1,3 roubadas por partida). Ultimamente, o ala-armador tem feito faltas consecutivas, forçando a mão do treinador Mike Woodson.

Infelizmente, Shumpert não arremessa bem o suficiente para justificar a falta de amor pela defesa. Em cada uma de suas temporadas o FG% de Iman caiu: 1º ano 40,1%, 2º ano 39,6%, nesta temporada 38% até aqui. Parte disso é a falta de explosão muscular desde a lesão no joelho, algo que parece estar retornando aos poucos.

Se aceitasse ser um jogador de defesa que contribui ofensivamente em momentos específicos, Shumpert teria a chance de justificar seu ego. Enquanto não aceita isso, ele é um jovem promissor preso no ego de um veterano que carrega seu time nas costas.

Talvez com um novo treinador, ou um outro sistema, Shumpert aceite seu destino na NBA. Se não o fizer, Iman pode ter problemas em seguir como um importante jogador na rotação de equipes da Liga.
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